Qualidade do Ar

INDICADORES DA QUALIDADE DO ARMONITORAMENTO DA QUALIDADE DO ARFONTES DE POLUIÇÃO ATMOSFÉRICACONTROLE DE EMISSÕES ATMOSFÉRICAS

O nível da poluição do ar é medido pela quantificação das principais substâncias poluentes presentes neste ar, os chamados Indicadores da Qualidade do Ar. Considera-se poluente qualquer substância presente no ar e que, pela sua concentração, possa torna-lo impróprio, nocivo ou ofensivo à saúde, inconveniente ao bem estar público, danoso aos materiais, à fauna e à flora ou prejudicial à segurança, ao uso e gozo da propriedade e às atividades normais da comunidade.

Temos no Brasil padrões de qualidade do ar estabelecidos pela Resolução CONAMA 03/90, para os sete seguintes indicadores:

  • Partículas Totais em Suspensão (PTS)
  • Fumaça
  • Partículas Inaláveis (PI ou PM10)
  • Dióxido de Enxofre (SO2)
  • Monóxido de Carbono (CO)
  • Ozônio (O3)
  • Dióxido de Nitrogênio (NO2)

A determinação sistemática da qualidade do ar se dá pela medição dos Indicadores da Qualidade do Ar:

Partículas Totais em Suspensão, Fumaça e Partículas Inaláveis:

Estes Indicadores representam materiais sólidos e líquidos em suspensão na atmosfera, como poeira, pó e fuligem. O tamanho das partículas é o critério utilizado para a classificação destes materiais. Partículas mais grossas ficam retidas no nariz e na garganta, provocando incômodo e irritação, além de facilitar que doenças como gripe se instalem no organismo. Poeiras mais finas podem causar danos ao aparelho respiratório e carregar outros poluentes “de carona” para os alvéolos pulmonares, provocando efeitos crônicos como doenças respiratórias, cardíacas e câncer. As pessoas que permanecem em locais muito poluído por partículas inaláveis, são mais vulneráveis a doenças de forma geral.

Dióxido de Enxofre – SO2:

A emissão de dióxido de enxofre está principalmente relacionada com o uso de combustíveis de origem fóssil, contendo enxofre, tanto em veículos quanto em instalações industriais. Por ser um gás altamente solúvel nas mucosas do trato aéreo superior, pode provocar irritação e aumento na produção de muco, desconforto na respiração e o agravamento de problemas respiratórios e cardiovasculares. Outro efeito relacionado ao SO2 refere-se ao fato de ser um dos poluentes precursores da chuva ácida, efeito global de poluição atmosférica, responsável pela deterioração de diversos materiais, acidificação de corpos d’água e destruição de florestas.

Monóxido de Carbono – CO:

A emissão de monóxido de carbono está relacionada diretamente com o processo de combustão tanto em fontes móveis, motores à gasolina, diesel ou álcool, quanto de fontes fixas industriais. Esse gás é classificado como um asfixiante sistêmico, pois é uma substância que prejudica a oxigenação dos tecidos. Os efeitos da exposição dos seres humanos ao CO estão associados à diminuição da capacidade de transporte de oxigênio na combinação com hemoglobina do sangue. Uma vez que a afinidade da hemoglobina com CO é 210 vezes maior que com o oxigênio, a carboxihemoglobina formada no sangue pode trazer graves conseqüências como confusão mental, prejuízo dos reflexos, inconsciência, parada das funções cerebrais e em casos extremos, morte aos seres humanos.

Ozônio – O3:

O ozônio é um gás composto por três átomos de oxigênio, invisível, com cheiro marcante e altamente reativo. Quando presente nas altas camadas da atmosfera (estratosfera) nos protege dos raios ultravioletas do sol. Quando formado próximo ao solo (troposfera) comporta-se como poluente tóxico. É o principal representante do grupo de poluentes designados genericamente por oxidantes fotoquímicos, sendo formado pela reação dos hidrocarbonetos e óxidos de nitrogênio presentes no ar, sob ação da radiação solar. Pode causar irritação dos olhos e redução da capacidade pulmonar. Agravar doenças respiratórias, diminuir a resistência contra infecções e ser responsável por disfunções pulmonares, como a asma. O ozônio interfere na fotossíntese e causa danos às obras de arte e estruturas metálicas.

Dióxido de Nitrogênio – NO2:

É formado pela reação do óxido de nitrogênio e do oxigênio reativo presentes na atmosfera. Pode provocar irritação da mucosa do nariz, manifestada através de coriza, e danos severos aos pulmões, semelhantes aos provocados pelo enfisema pulmonar. Além dos efeitos diretos à saúde, o NO2 também está relacionado à formação do ozônio e da chuva ácida.

O monitoramento sistemático da qualidade do ar é a ferramenta central para a adequada gestão deste recurso ambiental. Através de seus resultados podem ser determinadas as prioridades de ações de controle a serem implementadas pelo Órgão Ambiental, racionalizando a utilização de recursos às ações identificadas como prioritárias, tendo em vista a proteção da saúde da população e a prevenção contra impactos da poluição atmosférica ao meio ambiente em geral.

O monitoramento da qualidade do ar em Ponta Grossa iniciou-se em 2017 com a instalação e operação de uma estação de amostragem do ar, localizada no Parque Ambiental Governador Manoel Ribas.

Clique e acesse o monitoramento da Qualidade do ar em tempo real.

Para acessar os Boletins Mensais com os dados das estações com sistema automatizado de coleta de dados, clique no link abaixo para abrir a página, escolha a Estação desejada, o mês, o ano e clique no botão consultar.

Clique e acesse os boletins mensais sobre a Qualidade do ar.

Uma pessoa adulta inspira cerca de 10 mil litros de ar por dia. Este valor varia em função da atividade física de cada um. Em geral, não é necessário, nem possível, corrigir a composição do ar que se respira, sendo esta a principal diferença entre o consumo de ar e o consumo de água. A água passa por um tratamento prévio, o que a torna um produto industrial para ser consumido. O ar, ao contrário, deve ser consumido exatamente como existe na natureza, “in natura”. Por este motivo, é muito importante que a sociedade entenda e respeite as medidas de preservação da qualidade do ar.

O ser humano, ao interagir com o meio ambiente, produz resíduos que podem poluir o ar. A poluição atmosférica pode ser causada por fontes fixas ou móveis, dependendo dos processos que liberam os poluentes no ar.


Fontes Fixas – As indústrias são as fontes mais significativas, ou de maior potencial poluidor. Também se destacam as usinas termoelétricas, que utilizam carvão, óleo combustível ou gás, bem como os incineradores de resíduos, com elevado potencial poluidor. Existem ainda as fontes fixas naturais, como maresia e vulcanismo, que também podem influenciar a composição do ar.

Fontes Móveis – Os veículos automotores, juntamente com os trens, aviões e embarcações marítimas são as chamadas fontes móveis de poluentes atmosféricos. Os veículos se destacam nas cidades como as principais fontes poluidoras e são divididos em: leves de passageiro (utilizam principalmente gasolina ou álcool como combustível); leves comerciais (utilizam gás natural veicular (GNV) ou óleo diesel); e veículos pesados (somente de óleo diesel).

Os poluentes podem ser divididos, de acordo com sua origem, em duas categorias:

  • Poluentes primários: aqueles diretamente emitidos pelas fontes.
  • Poluentes secundários: aqueles formados na atmosfera através da reação química entre poluentes primários e os constituintes naturais da atmosfera.

Fontes Fixas – O Paraná, através da Resolução SEMA – 016/2014, estabelece padrões de emissão para processos industriais, assim como critérios de auto-monitoramento das emissões, considerado uma ferramenta importante para o atendimento aos padrões estabelecidos.


Fontes Móveis – Para o controle de emissões de veículos novos há o licenciamento realizado pelo IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) com base em ensaios específicos.

Quanto aos veículos em uso, o CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente) prevê em suas resoluções a instalação de Centros de Inspeção e Manutenção de Veículos, com normas e regulamentos específicos. A inspeção periódica das emissões de poluentes foi instituída através da Resolução CONAMA – 07/1993, e condiciona o licenciamento anual à respectiva aprovação. Neste processo os veículos devem ser submetidos à inspeção de gases, partículas e à verificação da integridade dos itens de controle de emissões (Sistema de Controle de Emissões Evaporativas, Catalisador, Lacre, etc).

Espera-se que os Programas de Inspeção Veicular tragam os seguintes benefícios:

  • Grande redução das emissões dos veículos anteriormente desregulados, submetidos à reparação e aprovados na inspeção;
  • Melhoria da qualidade do ar. Reduções de 15% a 23% das emissões totais de monóxido de carbono (CO) e hidrocarbonetos (HC), e de até 50% dos Materiais Particulados (MP);
  • Eliminação do incômodo provocado por veículos excessivamente ruidosos ou poluentes.

Comments are closed.